Recomeços... ♡

Há algum tempo tenho sentido uma vontade quase que incontrolável de criar. Não sei explicar, talvez seja minha mente inquieta falando mais alto e querendo voar... A maternidade nos limita em alguns aspectos. A princípio nos faz mergulhar profundamente e ficar submersa por longos períodos. Aos poucos vamos nos soltando, nos desprendendo, sem um tempo determinado pra isso acontecer. Não há regra.

Eu, por exemplo, quando Maria tinha pouco mais de dois anos e eu estava inundada por esse amor sobrenatural, me olhei no espelho e não me encontrei. Confesso que a princípio isso me assustou. Existia vida embaixo das camadas de leite, pijamas e olheiras?

Eu havia me tornado muito crítica, muito perfeccionista e isso demandava energia mental e física imensas. Pra mim era difícil aceitar que as peças da vida não estavam em minhas mãos, que eu não podia abraçar o mundo, que é errando que se aprende e que eu não era perfeita, nem jamais seria. Isso tudo me incomodava e doía demais.

O fato é que a mesma Claudia de anos atrás já não existia mais. Me olhando no espelho eu precisava encontrar a nova Claudia. Reescrita... Redescoberta... Acontece que esse processo dói. Se reencontrar dói. Quem eu era? Quem queria ser? O que estava guardado dentro de mim?

Foi preciso muita atenção aos sinais que meu corpo me enviava. Foi necessário silenciar a mente e o mundo muitas e muitas vezes para ouvir melhor o coração. Respirei fundo. Silenciei. Ouvi. Ouvi um sermão de mim mesma. E entendi.

Entendi que o futuro a Deus pertence e que presente chama-se presente por alguma razão. Aceitei esse presente diário que é viver de forma mais leve, ouvindo mais o coração, respirando fundo quando as coisas estão difíceis e tirando do caminho tudo que atrapalha a paz de espírito. Eu continuo nesse processo, sabendo que perfeição não existe, e que o bom mesmo é ser surpreendida pelas belezas dessa vida imperfeita. O caminho é longo, mas é possível. Repito isso todos os dias.

A maternidade me fez renascer, e esse é o maior, e mais verdadeiro, clichê do mundo!!!
Agora, com mais maturidade, consigo me olhar no espelho e gostar de quem vejo. Admirar quem estou me tornando. Parei de me cobrar demais e me acolhi. Passei a me amar um pouquinho por dia e fazer, sem enxergar isso como egoísmo, sempre que possível algo por mim, pelo meu amor próprio.

Hoje renasce um dos meus maiores amores: escrever. Algo que sempre amei fazer e que sempre me fez sentir acolhida, ouvida, amada. Algo que me faz ser eu. Encontrar um tempinho pra falar sobre o que me inspira e assim inspirar também me fará feliz demais!

Assim, com todo amor, lhes apresento o Cacaw, etc e tal. Meu cantinho de ideias, reflexões e muitas flores... Espero que gostem!  ♡


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